A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) completa na próxima quinta-feira (11) sete meses sem assinar ordem de serviço para execução de contrato referente a serviços de gestão interna. A empresa pública realizou licitação em 2022 e escolheu sistema para digitalizar os processos internos, mas continua com quase todo o trabalho realizado de forma analógica, com menos transparência.
O contrato foi assinado em 11 de outubro de 2022, junto à empresa Distribuidora de Tecnologia do Brasil (Dtec). O sócio-diretor Rubens Fileti foi ouvido como testemunha pela Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Comurg, na Câmara Municipal de Goiânia, nesta terça-feira (09). Segundo ele, a execução do contrato poderia dar orientação a grande parte dos questionamentos e denúncias da própria CEI.
Durante o depoimento, o vereador Thialu Rafael Guioti (Avante) perguntou se os serviços haviam sido entregues e se o pagamento foi feito na totalidade para a empresa. “Nós temos dois contratos assinados. No primeiro, entregamos o projeto e o que existe hoje é o pagamento da manutenção do site. Há quase 90 dias estamos sem receber da Comurg do primeiro contrato. Do último contrato, não recebemos absolutamente nada. Zero. Nenhum centavo foi desembolsado pela Comurg”, explicou Fileti.
O texto do contrato 095/2022 prevê a implantação de “software para gerenciamento integrado de gestão empresarial”, com trabalho de “planejamento de atividades, análise, instalação, configuração e parametrização”. A implantação do sistema tornaria digitais processos que hoje são apenas manuais, em papel, em toda a operação interna da Companhia como na manutenção de veículos, controle de estoque e ordens de serviço, entre outros.
A Comurg recebeu, mas não respondeu ao ofício, enviado no início de março deste ano, em que a Dtec cobra a execução do contrato já assinado.